A arte e a cultura orientais mexem com o imaginário ocidental. Mas nem sempre foi assim. Só por volta de 1850, quando os japoneses passaram a comercializar, inicialmente com a Inglaterra e Estados Unidos, é que os seus mistérios começaram a ser desvendados. De lá para cá, o fascínio por suas ideias, cores e formas, cresce e encanta.
A nova coleção da Entreposto, leva o nome da antiga capital japonesa, Kyoto. A linha se inspira na cores, texturas e movimento elegantes do país do sol nascente.
Poesia e concisão
A coleção Kyoto, mais parece um “Haicai”, poema de origem japonesa que apesar de curtíssimo (apenas 3 versos), possui uma poderosa carga poética.
A palheta dominante transita pelo ocre e cinza, em variadas escalas. Nesta pintura de precisão nipônica, o ouro impõe nobreza, porém sem opulência. Tudo calculadamente elegante.
Os temas clássicos como as sinuosas carpas e os ondulantes bambus, nos levam a cenários exóticos.
Os grafismos e composições com elementos da natureza também marcam presença na coleção. O clima é de delicadeza e apuro estético impecável. Não é assim que a gente imagina o estilo japonês: simples, belo e de um cuidado precioso com os detalhes?
Na SttilloRio, você vai encontrar a coleção Kioto da Entreposto e as almofadas da Ângela Massoni com bordados e aplicações que completam o clima.
Fotos de livros e cerâmicas: ELLE DECORATION UK
Mais sobre o japonismo!
Apesar da abertura do Japão, no século XIX, ter se dado por uma questão econômica, a invasão cultural foi avassaladora. Sua estética influenciou (e encantou) o impressionistas. Van Gogh, Renoir, Monet, Gauguin, Matisse, foram todos seduzidos por sua beleza. Pela primeira vez, o ocidente teve amplo contato com a estética oriental. Este fenômeno foi batizado de “Japonismo”.
A influência nipônica se consolidou desde então e, em alguns períodos, ela é ainda mais marcante. Na moda dos anos 80 e 90, Rei Kawakubo, Yoji Yamamoto e Yssey Miake fizeram a cabeça de grifes como Fendi, Gucci e Paul Piret, entre outras. Nas passarelas quimonos, flores de cererejeiras, carpas e dragões, dominaram.
E a onda não pára. De tempos e tempos ela cresce ainda mais e transborda. Já em 2017, sentia-se a tendência se renovando no decor. Editoriais de revistas influentes e a industria têxtil e moveleira, apontavam nesta direção.
Marcamos alguns links interessantes para você se inspirar.